Este é o capítulo final da fic. Andei super ausente, mas finalmenre reuni forças para terminar a fic. Espero que gostem! :)
«Os dias foram passando. Passaram meses, passaram semanas, até que o último dia das férias de Verão chegou. Fora de longe o melhor Verão da minha vida. O João pedira-me em namoro quando saí do hospital. Desde então, vivi os dias mais felizes da minha vida(...) Já passaram quase 5 meses. Tudo tem corrido bem. Tenho-me divertido imenso com os meus amigos, tenho estado com ele, dou-me melhor do que nunca com os meus pais e recebi uma notícia fantástica: vou ter uma irmã! Uma irmã mais nova, não é fantástico?
No último dia das férias, o João teve que sair da cidade com a família. Despediu-se de mim e partiu. Passei tanto tempo a imaginar como seria segressar à escola. Tanto tempo perdi a pensar se finalmente conseguiria ter um ano realmente bom, e feliz. Mas com tanta felicidade, não havia tempo para pensamentos negativos.
Mas naquele dia, as coisa não correram exactamente como eu tinha planeado. Os meus amigos estiveram todos com as suas famílias: uns a despedirem-se, outros em passeios, outros a tratar das últimas coisas para o 1º dia de aulas...
Bem, ainda tinha os meus pais. Ou talvez não. Penso que ainda não tinha referido, mas os meus pais haviam ganho um passei de barco num daqueles sorteios, e era esse o dia marcado. Mas eu havia de encontrar alguma coisa para fazer.
O relógio marcava as 4h da tarde, e estava farta de estar em casa. Pensei em ir até à praia, mas achei que não teria metade da graça. Então coloquei a trela ao meu cão Sam, e fui dar uma volta pelo parque.
A certa altura, parei para comprar um gelado. Quando dei por mim, Sam estava a fugir em direcção ao lago. Desatei a correr atrás dele, ginorando os olhares que pessoas desconhecidas lançavam sobre mim. Encontrei-o a brincar com outro cão, e esse deve ter sido o momento em que senti mais frio em todo aquele verão. Estavam uns 32ºC e eu sentia-me com se estivesse a congelar. Era ele. O meu pesadelo dos antigos tempos de escola estava ali, parado e de olhos postos em cima de mim. Numa palavra: Pedro.
Sem qualquer tiop de aviso, e com um sorriso de quem estava a preparar alguma coisa, beijou-me. Podia dizer que não gostei, e que fiz de tudo para que ele parásse, mas a verdade é que não resisti, não tentei sequer. Fiquei ali, simplesmente parada, e deixei-me levar.
Esqueci-me de tudo: de tudo o que ele me fizera passar, de todas as lágrimas, das mágoas, de João... João.
-Não, espera. Por favor! - foi a única coisa que consegui dizer antes de partir cmo os olhos cobertos de lágrimas.
Só quando me apercebi, João estava ali, a olhar fixamente para a sua namorada, com outro rapaz. Nada de explicações, era tudo demasiado claro. No final de contas, quem ficou com o coração destroçado não fora eu, e quem poderia imaginar que seria por minha culpa?
O primeiro dia de aulas fora horrível. João pedira transferência (já era o segundo rapaz que o fazia por minha causa) e eu não tinha ninguém. Ninguém, excepto os meus amigos. Expliquei-lhes o que tinha acontecido e expliquei também que ainda sentia alguma coisa por Pedro.
Dois meses depois, percebi que tinha que lhe explicar tudo. Enquanto pensava em como fazê-lo, encontrei-o no mesmo parque, onde me encontrara dois meses antes. Quando comecei a falar, ele não me interrompeu. Disse-lhe que o amava, mas que ainda sentia algo por Pedro. E, apesar de tudo, ele disse que esperava o tempo necessário até eu perceber o que queria realmente. Deu-me um beijo na cara, e prometeu que nunca deixaríamos de ser amigos, acontecesse o que acontecesse.
Pouco tempo depois, regressou à escola. Hoje, já passaram dois anos, e ainda namoramos. Quem sabe o que acontece a seguir? Não importa, porque ele prometeu que seríamos sempre amigos.»
Olá! (:
Queria informar-vos que ao longo desta semana não poderei postar, porque estarei muito ocupada.
Sim, eu sei que estamos de férias, mas eu ando numa Escola de Dança, e tenho ensaios ao longo da semana. Ensaios de manhã e de tarde, o que me deixam muito cansada, e sem tempo para continuar a escrever a fic.
Se tudo correr bem, a partir de dia 26 voltará tudo ao normal.
Espero que compreendam,
//Catarina
Olá! (: Obrigada por todos os comentários, são vocês que me motivam! :) Obrigada*
"Fechei os olhos. Não queria dormir, mas sentia-me cansada. Estivera a dormir durante tanto tempo. Seria possível sentir-me cansada? Imaginei um céu cheio de estrelas. Imaginei a lua mais brilhante que consegui. Imaginei uma estrela cadente. Pedi um desenho, e adormeci profundamente.
Quando acordei, já era dia, e observei a mesma criança da noite anterior a levantar-se. Os pais corriam apra abracá-la e a menina apenas sorria. Enquanto ela sorria, deixei escapar uma lágrima, sem entender se seria de felicidade ou de tristeza. Felicidade porque eu estava a recupera, tristeza porque nada me parecia fazer sentido. Sem qualquer tipo de aviso, a menina chegou ao pé de mim e abraçou-me. Consegui sentir toda a força e coragem que transmitia e limitei-me a sorrir. Os pais também me sorriram e aos poucos desapareceram da minha vista.
Algum tempo depois, a porta abriu-me lentamente. Pensei que seriam os meus pais e fechei os olhos, para que não reparassem que estive a chorar.
Talvez fosse só o meu pai, porque o cheiro de perfume de homem chegou até mim. Era um cheiro bom.
O meu pai aproximou-se de mim e agarrou-me a mão. Eu continuava de olhos fechados e disse-lhe:
- Pai, tive saudades tuas.
Sem mais nem menos, os seus lábios tocam os meus. E aí não precisei de abrir os olhos. Conhecia aqueles lábios. Conhecia os contornos daquela face. E sem dúvida que não se tratava do meu pai. Era ele.
Quando o beijo terminou, abri os olhos. Tudo me parecia tão diferente.
- Amo-te. - disse-me com a sua voz doce.
- Amo-te. - respondi-lhe.
- Não voltes a fazer isso por favor, as cadeiras da sala de espera não são muito confortáveis para passar a noite. - e sorriu-me como se fosse uma criança.
- Passaste cá a noite? - disse-lhe, surpreendida.
- Achavas que não? Precisava de ver se estavas bem.
- João eu...
- Não digas nada.
E beijou-me mais uma vez. Desta vez foi um beijo diferente. Eu estava tão feliz, e agora percebia os meus sentimemtos por ele. E não tinha dúvidas. Foi aquele beijo que quebrou o meu coração de gelo. Foi também aquele beijo que apagou as memórias que tinha de Pedro, e as transformaram num capítulo encerrado na minha vida.
- Gostaste das flores? - disse-me, voltanto a sorrir.
- São perfeitas.
- Tal como tu. Não vim sozinho...
E naquele momento entra a minha melhor amiga, que vem a correr até mim.
- Margarida! - diz-me com uma voz de alívio.
- Susana, tive saudades tuas. - abracei-a.
Parecia que tudo se estava finalmente a compôr.
Foi uma tarde maravilhosa, os meus pais foram visitar-me, e a médica disse que teria alta no dia seguinte.
Tudo estava a fazer sentido. Outra vez."
Oláaa! (: Como prometido, aqui estou eu a tentar não ficar ausente por demasiado tempo! x) Quero agradecer por todos os comentários, elogios, tudo! Obrigadaaa! *.* Espero não vos desiludir! :) PS: Querem o próximo capítulo? 15 comentários! :)
"- Como te sentes? - perguntava a enfermeira, limpando-me as lágrimas.
- Bem. - respondi, fazendo notar que era completamente mentira.
- Eu sei como é. Mas acredita que vai passar. - disse, tentando tranquilizar-me, mas sem efeito.
- Hmm, obrigada.
- Tens visitas.
Sorri. Mas não me apetecia nada ver ninguém.
Apareceram os meus pais. O meu pai parecia mais magro, e parecia ter mais cabelos brancos. A minha mãe tinha um ar exausto, e tinha os olhos cheios de lágrimas. Abraçaram-me e juro que quase fiquei sem oxigénio naquele momento. Mas não importava. Eram os meus pais, e eu estava feliz por vê-los, de qualquer das maneiras.
Depois de ouvir algumas frases como "O que te passou pela cabeça?" ou "És mesmo maluca!" os meus pais tiveram que sair do quarto. Deixaram-me umas flores e uns bombons para quando me sentisse melhor.
Confesso, que me senti pequenina outra vez. Como quando partira a perna a andar de patins, e os meus pais me levaram uns chocolates com formas de bonecos. Fiquei tão feliz, que acho que recuperei logo! Mas desta vez era diferente. Muito diferente. Não importavam as feridas que sentia no meu corpo, mas sim as queu sentia na minha mente.
De repente voltei a ver tudo. O homem, o sangue, tudo! Comecei a gritar, a gemer e a chorar. Só me recordo de ver alguns médicos à minha volta e de adormecer profundamente.
Quando acordei, tudo me parecia diferente. O quarto, as enfermeiras. Sim, eu tinha mudado de quarto. À minha frente estava uma criança a dormir profundamente. Ao seu lado, estavam um homem e uma mulher, que presumi serem os pais. Choravam, e pareciam rezar.
- Ela vai ficar bem. - disse, tentando que a minha voz se fizesse ouvir.
O esforço valeu a pena, porque obtive resposta:
- Obrigada. Está em coma à 5 dias. Ainca bem que a menina já recuperou. Também temos rezado por si.
Aí compreendi tudo. Eu estivera em coma. Mas durante quanto tempo? Quem teria deixado flores? A única coisa que me ocorreu dizer foi:
- Muito obrigada."
Olá a todos! :) Como sabem, agroa com a escola não tenho tido muito tempo para actualizar a fic. Mas aqui estou eu, com o 15º capítulo, espero que gostem! :)
"E ali estava eu. Sozinha num mundo terrivelmente cruel. Felizmente era só um sonho, pensava eu. Não. Era tudo real. Tudo se tinha passado, eu destroçara o coração do rapaz mais querido que conhecia, para defender o mais estúpido e egoísta de todos. Não conseguia dormir com todos aqueles pensamentos.
Sentei-me na cama, e só aí me apercebi que tinha adormecido apenas por algumas horas. Eram 04:39. Ainda faltava muito tempo para que o novo dia começasse. Mas eu sentia que tinha que fazer alguma coisa.
Vesti-me e desci silenciosamente as escadas. Peguei no casaco e fechei cuidadosamente a porta.
Estranhamente, estava a chover. Ignrorei a chuva e caminhei pelas ruas, sem distino. Uma rapariga a caminhar pelas ruas, sozinha e de madrugada. Todos pensariam que facilmente se aproveitariam de mim. Todos, escepto eu.
Um homem vem na minha direcção. Pára e chama-me. Pergunta-me as horas. E começo a ficar assustada. Está bêbado. Como pudera ser tão ingénua? E foi tudo tão rápido. Encostou-me a uma parede e tentou tirar-me a carteira. Tentei gritar, mas a voz falhou-me. Que estúpida. Estava sem forças e sabia que nada podia fazer.
De repente, alguém aparece e atira o homem ao chão. Não consigo perceber quem é, os meus olhos estão baralhados. Recordo-me de ter uma faca apontada à minha garganta, e de ter pensado que era o fim. Recordo-me de uma dor intensa no estômago, e de ver alugm sangue. Recordo as sirenes, e de ter acordado no hospital.
Acordo vestida com uma bata branca. Estou ligada a uma espécie de tubos, e tenho várias nódoas negras pelo corpo. AInda não tinha recuperado totalmente os sentidos, mas consegiu ouvir a enfermeira a dizer a alguém:
- Ela vai ficar bem. Não tem ferimentos graves. Mas será difícil ultrapassar o trauma psicológico.
E aí recordei tudo. A minha saída de madrugada, o homem bêbado, o estranho que me defendera, a faca e a dor. Involuntariamente, algumas lágrimas escorreram pela minha face, e nada fiz para o impedir."
Peço mesmo muita desculpa (outra vez) pela desactualização... Mas é que agora ando muito ocupada com a escola e com testes e tem sido realmente difícil encontrar algum tempo para este blog... Mas aqui estou eu a postar o 14º capítulo! Espero que gostem! :)
" - Olá! - disse ele, com a sua voz doce.
- Olá. - respondi eu, sentido a voz fraca.
- Já soubeste da novidade?
- Sobre o Pedro? Sim, já soube.
Naquele momento recordei todos os bons momentos que passara com Pedro. Quer dizer, bons para mim, pois para ele não passaram de pura diversão. Não eram só os bons momentos, era também todo aquele tempo que perdera apaixonada por ele. Anos e anos... Apeixonada por um rapaz frio, egoísta, e estúpido. Ele era tudo aquilo que eu não queria que fosse.
De repente, sinto uma gota de água a escorrer-me pela face. Uma gota de água fria. Gelada, como tinha sido o meu coração nos últimos tempos.
João abraçou-me. O seu calor fez-me esquecer todos aqueles pensamentos frios e insensíveis que trazia comigo. Só queria que aquele momento durasse para sempre. Só queria que isto fosse um final feliz. Mas tudo estava tão longe de se tornar num final...
- Estás bem? - perguntou ele, num tom preocupado.
- Sim, estou. - tentei parecer convicente. Tentativa falhada.
- Não, não estás. Ainda o amas?
Um silêncio percorreu todo aquele espaço. Só existiamos nós. Eu e ele. Mas Pedro estava nos meus pensamentos. Nos nossos pensamentos. E permanecemos assim, calados e sem saber o que dizer. Eu não sabia o que mais responder, e ele não sabia o que dizer perante o meu silêncio.
- Eu percebo. Tenho que ir andando. Vemo-nos por aí. - e desapareceu no nevoreiro. No nevoreiro do meu olhar, provocado pelas lágrimas que logo se seguiram.
E fiquei ali sozinha. Sozinha num jardim tão bonito. Sozinha naquilo que poderia ter sido um conto de fadas, e que se tinha tornado num pesadelo.
A campainha já tinha tocado. Mas continuei ali sentada. Doía-me a cabeça. Doía-me o estômago. Mas pior do que isso, doía-me o coração. Acabara de magoar a pessoa que mais se preocupava comigo, por causa da pessoa que menos me dera importância.
Sentia-me ridiculamente estúpida.
Passei pela enfermaria, e a enfermeira deu-me um comprimido para as dores, e disse-me para ir para casa.
Assim fiz, pois só queria deitar-me na cama e acordar daquele pesadelo tão real."
Olá leitores(as)!
Então, o que acham deste novo visual? Eu adoro! *.* Foi a Marta'Morgado que o fez, obrigadaaa! +.+
Há algumas coisinhas novas... Se quiserem que o vosso nome apareça nos 'Leitores', deixem comentário!
PS: Só coloco lá nomes de pessoas que sei que realmente são leitores, comentem, etc...
Espero que gostem, talvez hoje poste o 14º capítulo! Beijinhos *.*
Olá a todos! Peço imensa desculpa, isto está super desactualizado! o.o Mas tenho estado muito ocupada, e só escrevo nos outros blogs, porque para este é preciso alguma inspiração e tempo. Ainda por cima agora começaram as aulas... Apesar de não parecer demoro bastante tempo a escrever um capítulo, porque às vezes baralho as ideias.
Mas espero não vos desiludir. :) Aqui está o 13º capítulo:
"Naquela noite dormira como nunca tinha dormido antes. Tranquila. Em paz. Só quando acordei, com um sorriso na cara, percebi que tinha sonhado com João. Sorri aidna mais quando recordei o último dia, e do que dissera a Pedro. E quando pensava que não conseguia sorrir mais, apercebi-me de que já não sentia nada por Pedro. Bem, excepto nojo. Tirando isso, nada. Nada. Mas o meu sorriso apagou-so por completo quando vi as horas. Oito da manhã. Oh meu deus! Estava super atrasada! Entrava às oito e vinte e demorava 10 minutos a chegar à escola. Apressei-me a vestir, lavei a cara e os dentes e levei uma maça pelo caminho. Tal como esperava, cheguei atrasada.
Bati à porta, pedi desculpa pelo atraso e fiquei algo surpreendida. Pedro não estava lá. E eu tinha a certeza de que não me tinha enganado na sala. E tinha a certeza que éramos da mesma turma de Biologia.
Sentei-me ao lado de Jéssica, uma rapariga tímida, que eu admirava á muito tempo. Não falava com muitas pessoas, mas era simpática. Namorava com Gonçalo, um rapaz também tímido. Faziam um belo casal.
Tirei as coisas e coloquei-as em cima da mesa e, finalmente, comecei a ouvir o que o professor dizia:
- Como eu estava a dizer, o vosso colega Pedro foi transferido da escola. Bom, vamos começar. Abram os vossos livros na página 143.
O quê? Pedro fora transferido? Não sabia como me sentir. Por um lado, setia-me feliz. Por outro sentia-me estranha. Tentei apagar este pensamento e concentrar-me na aula. Mas o meu plano não teve sucesso.
Quando a aula terminou, decidi ir ter com Susana e com o meu grupo de amigos. Talvez eles soubessem mais do que eu. Mas enganava-me. Susana não sabia mais nada. Assim como Paulo e Luciana. André nem sabia que Pedro tinha sido transferido.
Este pessoal é fantástico.São a minha fonte de energia nos meus piores momentos. Paulo e Luciana são ambos simpáticos, e, aqiu entre nós, sempre achámos que há mais qualquer coisa para além de amizade, mas eles negam sempre. Enfim... André é o palhacinho do grupo. Está sempre a contar piadas e esse tipo de coisas. Mas não se enganem, ele é uma das pessoas mais inteligentes que conheço. Tem sempre notas altíssimas e sabe sempre coisas interssantíssimas. Quanto a Susana, que mais posso dizer? É a minha melhor amiga, aquela com quem posso sempre contar. No meu grpo de amigos, há também a Alexandra, que tinha mudado de escola no ano anterior. Mas mantinhamos sempre o contacto com ela, e continuávamos a partilhar momentos, mas confesso que nunca mais foi a mesma coisa. Ela fora morar para a Bélgica, pois o seu pai recebera uma proposta de trabalho que não podia recusar.
Estava eu então a falar com o meu 'grupo' quando oiço o meu nome.
Virei-me e era ele. João. Voltei a virar-me e já os meus amigos tinham ido embora. Espertinhos..."
Hello! :) Sim, estou viva! :b Desculpem ainda não ter postado mas estive de férias e durante esse tempo não pude vir à net... Wow, os comentários têm aumentado! Obrigada! Obrigada por lerem a minha fic, por comentarem e por me incentivarem! :) Espero que gostem deste capítulo:
"Passaram horas, passaram dias, passaram semanas. A pouco e pouco fui perdendo a noção do tempo. Podia crer que simples segundos eram anos. Era Primavera. Em todos os cantos da escola, casais apaixonados. Adolescentes vivendo na sua mais doce inocência. Eu sabia qual era essa sensação, e tinha saudades. Invejava cada rapariga, cada suspiro, e toda aquela felicidade. Os meus amigos lutavam por me fazer seguir em frente, e isso é algo que nunca irei esquecer. Mas parecia que nada me animava. Eu nunca mais voltaria a ser a mesma pessoa. Talvez nunca mais me conseguisse apaixonar por alguém, pela insegurança que sentia em cada olhar, em cada gesto. Pior, pensava que nada me iria fazer esquecer Pedro.
Ele estava bem. Aliás, mais que bem. Divertido nos corredores, a fazer as habituais brincadeiras estúpidas com os amigos, rindo-se de mim sempre que passava por ele. Ria-se alto. Gozava para que todos ouvissem. Um dia fartei-me. Aquilo era demais, até para mim. Fui ter com ele. Tentei não pensar na multidão que fazia um círculo à nossa volta. Aliás, quanto mais gente ali estivesse para ouvir o que eu tinha para dizer, melhor. Então disse-lhe, alto:
- Deves ter sérios problemas. Estou farta que gozes comigo sempre que passo por ti.
- Oh, coitadinha, pensei que já estivesses habituada. - e riu-se com os amiguinhos.
- Sabes, tens razão. Afinal, deve ser a tua solução para encarares o facto de ter sido eu a acabar contigo, de quem ter feito figura de parvo teres sido tu.
Desta vez, ele e os amigos calaram-se e olharam-me nos olhos. O resto das raparigas e rapazes à nossa volta não aguentaram os risinhos e piadinhas.
Demorou algum tempo a resposder, mas finalmente disse:
- Quem é que pensas que és para vires dizer-me isso? Nem devias estar aqui a falar comigo.
- Tens razão. Falar contigo é uma perda de tempo. Aliás, se precisas de tanto tempo para pensar numa boa resposta, eu não tenho o dia todo. Experimenta usar o cérebro. Não deve ser assim tão, tão pequenino. Acho eu.
Era oficial. Todos se riram. Fui-me embora com o meu grupo de amigos e não pude esconder o sorriso que tinha na cara. Tinha a certeza que, depois disto, ele nunca mais se atreveria a gozar comigo. Nem ele, nem os amigos.
Fiquei feliz, por ele ter conhecido finalmente a sensação de humilhação e de ser gozado.
No final das aulas, ia para casa quando alguém me toca no braço.
- Estiveste muito bem. Ele merecia ouvir cada palavra que disseste. - disse João e sorriu.
- Ah, obrigada. - olhei-o nos olhos e senti-me a corar. Acho que nunca tinha percebido como ele era giro. Era alto, tinha os olhos castanhos doces, um cabelo castanho quase perfeito. Finalmente percebi que ele estivera a dizer o meu nome várias vezes e que eu não ouvira nada.
- Margarida?
- Ah, sim. Desculpa, o que tinhas dito? - fiquei ainda mais corada.
- Estava a perguntar-te se querias que te fizesse companhia até casa.
- Claro! - disse com o entusiasmo que sentia.
Fomos falando pelo caminho até que cheguei a casa.
- Bom, vemo-nos amanhã. - não me deu tempo para responder e deu-me um beijo na face.
- Ah, até amanhã. - e sorri.
Fui para o meu quarto e sentei-me na cama. Era uma sensação estranha. Eu não me sentia assim quando os meus amigos se despediam se mim. Os meus amigos rapazes. Com João era... diferente."
Olá! :)
Desculpem ter andado um pouco desaparecida, mas não tenho tido muito tempo...
Espero que gostem do capítulo! :)
" - Susana? - disse eu, a gaguejar um pouco.
- Sim, sou eu. - disse, com a voz firme.
- Desculpa. Eu, eu... eu não fiz por mal, juro... Eu só, eu... - comecei a chorar. Era como se as palavras não me saíssem da boca.
- Eu sei. Não faz mal. - e abraçou-me.
Naquele momento percebi o quanto ela me fazia falta. Quandas vezes eu chorei sozinha, e me esquecera do quão bom era ter alguém que nos apoiasse. Agora eu sabia que ela sempre fora minha amiga. Não pela minha popularidade, não pelas minhas companhias, mas sim por quem sou. E fez-me ver o quão errada estava.
Conversámos durante toda a noite. No final, senti-me muito, mas mesmo muito melhor. Eram sete e meia da manhã e ela disse:
- Vamos esquecer isto. Vamos diverir-nos!
- Vamos lá! - disse eu, com um sorriso que há muito não punha.
Vestimo-nos a correr e fomos dar um passeio. Tocámos em montes de campainhas e fugiamos. Como nos volhos tempos. Fomos comer um mega gelado às nove da manhã. Demos bocados de gelado aos patos, no lago perto do café. Corremos feitas loucas pelo parque. Finalmente estava feliz. Sem preocupações. Apenas feliz, com a minha melhor amiga.
E assim passámos o fim-de-semana. Na segunda-feira, fiz aquilo que não podia ser evitado. Estava na altura de dizer a Pedro tudo o que queria.
Ia a caminho da escola e encontrei João. Pedi-lhe desculpa por o ter tratado tão mal, naquele dia, apenas para defender Pedro.
- Não faz mal. - e sorriu. - Mas há uma coisa que devias saber...
Fiquei paralizada, ouvindo o que me dizia. Quando acabou de falar, abracei-o. Mas não ia chorar. ia falar com Pedro. O que acabara de ouvir era uma razão bastante forte para acabar. Acabar com tudo.
Encontrei-o na escola. Tentou beijar-me mas eu desviei a cara e disse:
- Andaste a gozar comigo todo este tempo. Fizeste-me acerditar em tudo aquilo que me dizias. Eu sei o teu plano. Só querias gozar comigo e humilhar-me à frente dos teus amigos. Querias que fizesse aquilo que querias. mas isso acabou. Acabou tudo.
- De que é que estás a falar. Eu amo-te e...
- Cala-te! O João contou-me tudo. E eu fui uma parva em não lhe ter dado ouvidos desde o início! Aquela coisa da instituição de caridade, os palhaços... És mesmo estúpido! Achavas que eu nunca ia descobrir que era tudo mentira? Tudo para me conseguires humilhar!
- Eu amo-te...
- Cala-te! - e dei-lhe um estalo.
Não aguentava estar mais ali e fui a correr para a sala. Ele tentou vir atrás de mim, mas eu escondi-me na casa de banho e eseprei pelo toque para entrar.
Tentei ver o lado positivo: estava livre, deixara de viver numa mentira. Mas só via o lado negativo: o rapaz por quem estava apaixonada à anos, não sou gozou comigo como também é o rapaz mais egoísta e estúpido que conhecia..."