"Fui ter com Pedro. Estava super nervosa. Pedi-lhe que viesse comigo à casa de banho,explicando o porquê, enquanto observava discretamente os ririnhos das raparigas. Pedro, achou estranho, mas sorriu. Fechei a porta, e senti-me muito mais aliviada. Sussurrei-lhe:
- Espero que não leves a mal, é só uma consequência.
- E porque tem que ser só uma consequência?!
- Como assim? - perguntei.
- Tu percebeste.
- Não, isso não. Não quero.
- Oh...
Percebi que ele estava bêbado. O ambiente deixou-me enjoada. Saí da casa de banho o mais rápido que pude e deixei a festa. Corri para casa com lágrimas nos olhos. Não queria pensar. Não queria falar.
Quando cheguei a casa os meus pais perguntaram o que se passava comigo, mas apenas consegui responder:
- Boa Noite. - e deixei cair mais uma lágrima.
Subi as escadas e tranquei-me no quarto. Ainda ouvi os meus pais, preocupados, a perguntarem o que se passava. Mas pouco tempo depois acabaram por ir-se embora, depois de lhes pedir que fossem.
Deitei-me na cama e olhei para a janela. A noite estava calma. Ouvi o som algo tranquilizante dos grilos. Devagar, fechei os olhos e acabei por adormecer.
No dia seguinte acordei tarde. Muito tarde. Eram 12:38h quando acordei. Estava com uma dor de cabeça enorme. Querida falar com os meus amigos, que já não eram bem meus amigos. Eu tinha-os ignorado durante todo este tempo. E as humilhações pelas quais os fizera passar? Queria a minha melhor amiga. Mas que melhor amiga? Ignorára-a durante todo este tempo também. Virara-lhe as costas. Com certeza que nunca mais me quereria voltar a ver. Eu, no seu lugar, não queria.
Alguém bateu à porta.
- Posso entrar? - perguntou a minha mãe.
- Sim, claro.
- Estás melhor?
- Sim, obrigada. - respondi, fazendo um sorriso um pouco forçado.
- Tens uma visita.
- Uma visita? - perguntei admirada. E algo perturbada. Nem tinha disposição para sair de casa, quanto mais para receber visitas!
Entrou. Sentou-se ao meu lado e notou o meu espanto. A minha mãe saiu, e disse:
- Vou deixar-vos a sós. Deviam conversar.
Ficámos alguns minutos a olhar. Olhámo-nos nos olhos, olhámos à nossa volta. Até que consegui dizer:
- O que fazes aqui?
A resposta, deixou-me algo espantada:
- Apoiar-te-ei quando menos o mereças, aproximar-me-ei quando todos se afastem, pois será quando mais irás precisar. Como agora."
Olá pessoal! Quero agradecer a todos aqueles que têm comentado! Well, espero que gostem do capítulo. Beijinhos *---*
"E ficamos ali, a olhar um para o outro. Devem ter passado vários minutos, e foi como se tudo tivesse deixado de existir. Éramos só nós os dois. Apenas nós. Porque um olhar vale mais que mil palavras. E se os olhos falassem, sei que teriamos dito as palavras mais perfeitas. Queria que aquele momento durasse eternamente. Porque nunca me sentira tão bem em toda a minha vida. Tão confiante. Tão feliz. Fixou ainda mais o meu olhar, e disse:
- Margarida, queres namorar comigo?
Corei. Sorri. Abracei-o. Beijei-o de novo. E disse:
- Sim. - beijei-o novamente e passamos assim a nossa tarde. Trocávamos mensagens noite e dia, e passávamos todos os intervalos juntos. E um mês passou.
Um dia, a minha melhor amiga ligou-me para combinarmos uma ida ao shopping. Por amor de deus! Ela acha mesmo que eu tenho tempo? Eu tinha que me preparar para a festa do fim-de-semana seguinte! Ia encontrar-me com o meu namorado e com os amigos deles, e respectivas namoradas, e não tinha uma mini-saia decente! E já era quarta-feira! E ela ainda teve a lata de me dizer:
- Agora nem me ligas nenhuma. É só namorado para aqui, namorado para ali... Já nem estamos juntas.
Ri-me dela. Patético. Desliguei-lhe o telemóvel, e não voltámos a falar. Quem é que precisa de melhor amiga? Eu tornara-me popular, fazia inveja aos outros miúdos, e isso bastava-me. A popularidade deve ser a melhor coisa do mundo!
No dia da festa, estava tudo tão perfeito. A música, a decoração, etc... Até que a Jéssica, a Sara, a Júlia e a Susana me perguntaram se queria jogar à verdade ou consequência com elas. Mais que perfeito! Pelo menos pensava eu, até chegar à minha vez de jogar...
- Verdade ou consequência? - perguntou a Sara.
- Verdade. - respondi.
- Hummm... É verdade que já foste longe demais com o Pedro?
- Como assim longe demais?
- Oh, tu percebeste.
- Não, claro que não.
- Óptimo, consequência. - disse Jéssica, bastante animada.
-Bom vamos combinar entre nós e já te dizemos o que tens que fazer. - Disse a Sara.
Reuniram-se as três e estiveram cerca de 5 minutos a conversar.
Finalmente disse a Júlia:
- Bom, o que tens que fazer é o seguinte: Vais com o Pedro à casa de banho, pedes-lhe que tire as calças e depois foges com elas. Nada de mais.
- Estás maluca? Não vou fazer isso!
- Ups, será que não dissemos que uma vez que entres no jogo, tens que jogar? - riu-se a Jéssica.
- Portanto, é bom que alinhes. - disse a Sara, com um ar ameaçador.
Eu não tinha alternativa.
- Tudo bem, até já."
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