Hello! :) Sim, estou viva! :b Desculpem ainda não ter postado mas estive de férias e durante esse tempo não pude vir à net... Wow, os comentários têm aumentado! Obrigada! Obrigada por lerem a minha fic, por comentarem e por me incentivarem! :) Espero que gostem deste capítulo:
"Passaram horas, passaram dias, passaram semanas. A pouco e pouco fui perdendo a noção do tempo. Podia crer que simples segundos eram anos. Era Primavera. Em todos os cantos da escola, casais apaixonados. Adolescentes vivendo na sua mais doce inocência. Eu sabia qual era essa sensação, e tinha saudades. Invejava cada rapariga, cada suspiro, e toda aquela felicidade. Os meus amigos lutavam por me fazer seguir em frente, e isso é algo que nunca irei esquecer. Mas parecia que nada me animava. Eu nunca mais voltaria a ser a mesma pessoa. Talvez nunca mais me conseguisse apaixonar por alguém, pela insegurança que sentia em cada olhar, em cada gesto. Pior, pensava que nada me iria fazer esquecer Pedro.
Ele estava bem. Aliás, mais que bem. Divertido nos corredores, a fazer as habituais brincadeiras estúpidas com os amigos, rindo-se de mim sempre que passava por ele. Ria-se alto. Gozava para que todos ouvissem. Um dia fartei-me. Aquilo era demais, até para mim. Fui ter com ele. Tentei não pensar na multidão que fazia um círculo à nossa volta. Aliás, quanto mais gente ali estivesse para ouvir o que eu tinha para dizer, melhor. Então disse-lhe, alto:
- Deves ter sérios problemas. Estou farta que gozes comigo sempre que passo por ti.
- Oh, coitadinha, pensei que já estivesses habituada. - e riu-se com os amiguinhos.
- Sabes, tens razão. Afinal, deve ser a tua solução para encarares o facto de ter sido eu a acabar contigo, de quem ter feito figura de parvo teres sido tu.
Desta vez, ele e os amigos calaram-se e olharam-me nos olhos. O resto das raparigas e rapazes à nossa volta não aguentaram os risinhos e piadinhas.
Demorou algum tempo a resposder, mas finalmente disse:
- Quem é que pensas que és para vires dizer-me isso? Nem devias estar aqui a falar comigo.
- Tens razão. Falar contigo é uma perda de tempo. Aliás, se precisas de tanto tempo para pensar numa boa resposta, eu não tenho o dia todo. Experimenta usar o cérebro. Não deve ser assim tão, tão pequenino. Acho eu.
Era oficial. Todos se riram. Fui-me embora com o meu grupo de amigos e não pude esconder o sorriso que tinha na cara. Tinha a certeza que, depois disto, ele nunca mais se atreveria a gozar comigo. Nem ele, nem os amigos.
Fiquei feliz, por ele ter conhecido finalmente a sensação de humilhação e de ser gozado.
No final das aulas, ia para casa quando alguém me toca no braço.
- Estiveste muito bem. Ele merecia ouvir cada palavra que disseste. - disse João e sorriu.
- Ah, obrigada. - olhei-o nos olhos e senti-me a corar. Acho que nunca tinha percebido como ele era giro. Era alto, tinha os olhos castanhos doces, um cabelo castanho quase perfeito. Finalmente percebi que ele estivera a dizer o meu nome várias vezes e que eu não ouvira nada.
- Margarida?
- Ah, sim. Desculpa, o que tinhas dito? - fiquei ainda mais corada.
- Estava a perguntar-te se querias que te fizesse companhia até casa.
- Claro! - disse com o entusiasmo que sentia.
Fomos falando pelo caminho até que cheguei a casa.
- Bom, vemo-nos amanhã. - não me deu tempo para responder e deu-me um beijo na face.
- Ah, até amanhã. - e sorri.
Fui para o meu quarto e sentei-me na cama. Era uma sensação estranha. Eu não me sentia assim quando os meus amigos se despediam se mim. Os meus amigos rapazes. Com João era... diferente."