Peço mesmo muita desculpa (outra vez) pela desactualização... Mas é que agora ando muito ocupada com a escola e com testes e tem sido realmente difícil encontrar algum tempo para este blog... Mas aqui estou eu a postar o 14º capítulo! Espero que gostem! :)
" - Olá! - disse ele, com a sua voz doce.
- Olá. - respondi eu, sentido a voz fraca.
- Já soubeste da novidade?
- Sobre o Pedro? Sim, já soube.
Naquele momento recordei todos os bons momentos que passara com Pedro. Quer dizer, bons para mim, pois para ele não passaram de pura diversão. Não eram só os bons momentos, era também todo aquele tempo que perdera apaixonada por ele. Anos e anos... Apeixonada por um rapaz frio, egoísta, e estúpido. Ele era tudo aquilo que eu não queria que fosse.
De repente, sinto uma gota de água a escorrer-me pela face. Uma gota de água fria. Gelada, como tinha sido o meu coração nos últimos tempos.
João abraçou-me. O seu calor fez-me esquecer todos aqueles pensamentos frios e insensíveis que trazia comigo. Só queria que aquele momento durasse para sempre. Só queria que isto fosse um final feliz. Mas tudo estava tão longe de se tornar num final...
- Estás bem? - perguntou ele, num tom preocupado.
- Sim, estou. - tentei parecer convicente. Tentativa falhada.
- Não, não estás. Ainda o amas?
Um silêncio percorreu todo aquele espaço. Só existiamos nós. Eu e ele. Mas Pedro estava nos meus pensamentos. Nos nossos pensamentos. E permanecemos assim, calados e sem saber o que dizer. Eu não sabia o que mais responder, e ele não sabia o que dizer perante o meu silêncio.
- Eu percebo. Tenho que ir andando. Vemo-nos por aí. - e desapareceu no nevoreiro. No nevoreiro do meu olhar, provocado pelas lágrimas que logo se seguiram.
E fiquei ali sozinha. Sozinha num jardim tão bonito. Sozinha naquilo que poderia ter sido um conto de fadas, e que se tinha tornado num pesadelo.
A campainha já tinha tocado. Mas continuei ali sentada. Doía-me a cabeça. Doía-me o estômago. Mas pior do que isso, doía-me o coração. Acabara de magoar a pessoa que mais se preocupava comigo, por causa da pessoa que menos me dera importância.
Sentia-me ridiculamente estúpida.
Passei pela enfermaria, e a enfermeira deu-me um comprimido para as dores, e disse-me para ir para casa.
Assim fiz, pois só queria deitar-me na cama e acordar daquele pesadelo tão real."