Olá! (: Obrigada por todos os comentários, são vocês que me motivam! :) Obrigada*
"Fechei os olhos. Não queria dormir, mas sentia-me cansada. Estivera a dormir durante tanto tempo. Seria possível sentir-me cansada? Imaginei um céu cheio de estrelas. Imaginei a lua mais brilhante que consegui. Imaginei uma estrela cadente. Pedi um desenho, e adormeci profundamente.
Quando acordei, já era dia, e observei a mesma criança da noite anterior a levantar-se. Os pais corriam apra abracá-la e a menina apenas sorria. Enquanto ela sorria, deixei escapar uma lágrima, sem entender se seria de felicidade ou de tristeza. Felicidade porque eu estava a recupera, tristeza porque nada me parecia fazer sentido. Sem qualquer tipo de aviso, a menina chegou ao pé de mim e abraçou-me. Consegui sentir toda a força e coragem que transmitia e limitei-me a sorrir. Os pais também me sorriram e aos poucos desapareceram da minha vista.
Algum tempo depois, a porta abriu-me lentamente. Pensei que seriam os meus pais e fechei os olhos, para que não reparassem que estive a chorar.
Talvez fosse só o meu pai, porque o cheiro de perfume de homem chegou até mim. Era um cheiro bom.
O meu pai aproximou-se de mim e agarrou-me a mão. Eu continuava de olhos fechados e disse-lhe:
- Pai, tive saudades tuas.
Sem mais nem menos, os seus lábios tocam os meus. E aí não precisei de abrir os olhos. Conhecia aqueles lábios. Conhecia os contornos daquela face. E sem dúvida que não se tratava do meu pai. Era ele.
Quando o beijo terminou, abri os olhos. Tudo me parecia tão diferente.
- Amo-te. - disse-me com a sua voz doce.
- Amo-te. - respondi-lhe.
- Não voltes a fazer isso por favor, as cadeiras da sala de espera não são muito confortáveis para passar a noite. - e sorriu-me como se fosse uma criança.
- Passaste cá a noite? - disse-lhe, surpreendida.
- Achavas que não? Precisava de ver se estavas bem.
- João eu...
- Não digas nada.
E beijou-me mais uma vez. Desta vez foi um beijo diferente. Eu estava tão feliz, e agora percebia os meus sentimemtos por ele. E não tinha dúvidas. Foi aquele beijo que quebrou o meu coração de gelo. Foi também aquele beijo que apagou as memórias que tinha de Pedro, e as transformaram num capítulo encerrado na minha vida.
- Gostaste das flores? - disse-me, voltanto a sorrir.
- São perfeitas.
- Tal como tu. Não vim sozinho...
E naquele momento entra a minha melhor amiga, que vem a correr até mim.
- Margarida! - diz-me com uma voz de alívio.
- Susana, tive saudades tuas. - abracei-a.
Parecia que tudo se estava finalmente a compôr.
Foi uma tarde maravilhosa, os meus pais foram visitar-me, e a médica disse que teria alta no dia seguinte.
Tudo estava a fazer sentido. Outra vez."